sexta-feira, agosto 17, 2007

Mais um ano novo para mim. E certamente não será o último início, final ou crise de data, mas um novo ano.

Mas dias reflexivos devem ser postados, porque, prantos a parte, tudo que pode levar a gente ou outros a pensar ou viajar, deve ser postado para ajudar alguém.

Tópico do dia: o Complexo de Peter Pan.

Não, esse não é mais um nome lindinho que eu inventei para alguma síndrome que quase ninguém nota a existência. Esse é um nome quase científico, e psicólogos e psiquiatras sabem explicar melhor do que eu, com certeza. Afinal, eu sofro desse mal.

Quando estabilidade em todas as áreas é um problema, quando há um vínculo estreito familiar (que possa chegar a ser doentio, ou que pelo menos, afeta e agride pessoalmente), quando fazer aniversário e ficar mais velha vira um drama, eis que surge...

O Complexo de Peter Pan

Crescer passa a ser um fardo, então, quando tudo pode fazer sentido. Mas o sem sentido ainda parece querer prevalescer. Na verdade, esse complexo nada mais é do que aceitar a sua verdade (quando pessoas da paz).

Sim, porque é difícil encontrar pessoas que tenham 100% de certeza no que estão fazendo; e isso creio que englob até num sentido religioso. Alguém tem realmente certeza do que está fazendo aqui em vida? Por que renasceu (ou nasceu, dependendo da religião)? Para onde vai? Que caminho escolher? Se a incerteza é tanta, o correto é ser feliz para aproveitar isso. Mas... se a incerteza é tanta, não há de existir um medo ou um receio do final?

Logo, o Complexo de Peter Pan é assumir suas incertezas e temer os resultados, sendo prejudicial apenas por frustrar as pessoas, que temem a aproximação do incerto.

O que é competamente racional! Mesmo com um nome doce e infantil, creio que é uma concepção muito mais madura e realista do que aqueles que não a possuem podem ter da vida. Se a irracionalidade é seu forte, vá de cabeça em tudo e sofra, mas sofra muito (coisa que vai contra a idéia de viver e ser feliz por não ter certeza do final).

Me soa irracional, também, a falta da busca por si só, bem como a falta de ouvir a voz da alma... mas isso seria muita coisa a escrever hoje. O importante é que assumir um Complexo de Peter Pan é ter um pouco de realismo no cérebro, e saber que espera algo.

Plante agora.

quarta-feira, agosto 01, 2007

Creio que todo mundo sabe que meu limite vai além da compreensão humana. Nem mesmo eu sei definir esse limite, e tenho medo de dizer que uma coisa vai_ ou não_ estourá-lo.
Da mesma forma, creio que todo mundo tem direito a opinião. Mas opiniões não são ordens, nem devem ser embutidas na marra; creio que qualquer pessoa que tente prevalescer sua opinião, sem argumentá-la ou sem tentar ver os contras que (normalmente) esta acarreta, na verdade, é bastante infantil e imaturo, e certamente não consegue assumir seus erros banais.
Sim, eu sei. Certamente estou errada _ como de costume. Mas eu, que sou uma pessoa hierárquica, realmente me irrito quando me deparo com pessoas me impondo uma verdade que não é a minha, sem nenhum argumento ou causa. Uma pessoa, desconhecida, atirando conceitos vãos a meu respeito, como se estivesse no direito de se impor; como se fosse superior a mim.
Não que eu seja superior ou esteja num top que poucos ultrapassam... longe disso! Mas sempre que surgem pessoas desse calão, que fazem isso por estar com as costas quentes, a única coisa que me passa na cabeça é que eu não sou uma escada. Adoraria ser, mas não sou.
Escada, no sentido alavanca, que eleve as pessoas... nossa, amaria que pudesse me encaixar nesse conceito (mesmo não podendo). Soa lúdico... soa como encontrar uma qualidade fundamental na vida, um lugar ao qual pertença...
Mas situações como essas, onde insistem em pisar uns nos outros pra tentarem ser melhors, ou ascender num hospício... não, isso não dá pra agüentar! É uma fórmula simples de me fazer perder a minha tão plena calma...
( Sim, eu sou calma. Sou ansiosa quanto a mim, mas de uma plenitude ímpar. E eu nunca, ou raramente vou trazer carga desnecessária e/ou stresses desnecessários aos outros)
calma, Kika... tudo dá certo... se tu não visse o carro andando, até poderia te lamentar...
ARGH!